domingo, 1 de maio de 2011

Vaga, lânguida taturana. O tempo não perdoa a casca que te sufocará. Não tarda a andorinha da primavera que tem fome.
Mistura de casca e ferro. Junto formou Abril, mês das cantilenas pálidas, preparação do frio.

Eflúvios do passado febril jorraram na forma de um antibiótico vibrante. Sabor rosa de um cavalinho de plástico. Enjôo.

Nove cérebros plasmam o viscoso nankim nas águas plúmbeas dos mares salobros. Enquanto isso, a mente descansa para o banho de amanhã.
Plácidas plagas escondidas nos recônditos da Mantiqueira que outrora viajantes desvelavam. Hoje, aflitos, preservamos.

A dor que deprime a alma e faz ranger os dentes.
O encontro enfeitiçado dos animais luxuriantes. 

sábado, 5 de março de 2011

É nas profundezas que a máquina encontra o artífice. As idéias é de lá que saem.
Foi-se o tempo que alhures era distante. Agora, todo mundo é todo e qualquer lugar é logo.
No aeródromo equatorial, as naves galgam o perigeu.
Inebriado pelo rumor externo, silencia a alma enquanto dorme.
Lamenta as pragas que te estarreceu. Mas são elas que destilam o sumo da perfeição.
O fluxo contínuo da energia que se transforma.
Existe poesia na limitação humana de criar cenários?
O inóquo dissolvido pela indústria da reflexão. 
A empáfia real refrata qualquer luz.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

É irracional a assimetria. Mas assim é.
O mistério de Tunguska: o primeiro a dar a volta na Terra e eclodir antes de atingí-la.
Rebate o desdém pátrio na hora da morte.
Vinhas azedas, tranças therezas.
Mentes celeradas escorregam pensamentos nos fios do computador.
Vaga lembrança de um passeio em Paquetá.
Mato!
Louva a Deus, que a ti pertence.
Virga lumem, serpe conjunctio.
Quando a vocação do ensinante colide com a brandura do ensinado.
Gato, lambe a cara e chama a Fortuna.
A indústria do pensar reduz a humanidade ao país dos ratos.
Fera feminina fere o falo.
Noite sem sono, repleta de preocupações. Contas, trabalho, inimigos: eu mesmo! 
O cisto, blasto, na unha fere.
A união da cera com o pavio.
Como come, deita e dorme. Acorda em coma e logo corre.
No recolhimento do lar as surpresas aparecem.
No sertão cabra macho não amoêda.
Na retorta do velho mago o bruto se torna fino.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Passou doidinho, em uma vulpa só.
Vento quente com cheiro de cipreste. Arrastou o pensamento para um lugar difícil de voltar.
Dos tempos em que os homens contavam histórias em volta das fogueiras pouco sobrou. Hoje a vida flui mais fina.
Bellum.
Vibra, vibra como a pele de uma bexiga de aniversário tangida pelas unhas finas da madrinha do aniversariante.
São Jorge, meu guerreiro, santo e protetor.
Quando os teclados não eram mais suficientes, muitos gênios conceberam soluções inimagináveis.
Os muros da lembrança.
A força do bruto está, outrossim, no tédio do seu olhar.
Florea carminea
O instante em que a mancha rubra se espalhava pelo couro supratavolar.
Azelea sinensis
Abstrato, um prato que se come frio.